Através de uma dramaturgia bem-humorada, com uma condução leve por questões intensas, Juliana Azevedo convida o leitor e a leitora para um mergulho em si. Quem nunca conversou com suas vozes internas, não é? O caminho para dentro é denso e, em Dona Voz, Maria Isabel, personagem principal, o faz acompanhada e amparada pela personagem que dá nome à obra, bem como pela Voz Sombria, que não mede esforços para fazer com que ela desista de lutar pela sua experiência humana. Trata-se de um texto laico com o intuito de não engessar a imaginação e reflexão no que diz respeito aos pensamentos que nadam nessa piscina chamada mente humana.