O livro Psicologia e educação na Primeira República convida o leitor a observar o modo como uma ciência ainda jovem pôde ser utilizada em uma nação em construção: o Brasil das primeiras décadas do século XX. Cientes dos desafios postos pelas dimensões continentais do território brasileiro e pela diversidade étnico-cultural do nosso povo, muitos intelectuais convergiam em um ponto: a necessidade de escolarizar a população. A escola, vista como um instrumento eficaz para a formação do cidadão, também foi a porta de entrada para um conjunto de teorias novas, adotadas em um momento de crença irrestrita no progresso proporcionado pela ciência. É esse o cenário em que a Psicologia começa a ser disseminada nos periódicos educacionais e ensinada aos professores. As mazelas do ensino, as concepções sobre a população, as expectativas sobre o poder da escolarização para incrementar o desenvolvimento do Brasil e o conhecimento de Psicologia que foi disponibilizado aos docentes são objeto de (...)