Affonso Ávila desenvolve nessa nova coletânea églogas sobre a maçã. Mas não é uma maçã qualquer: é a visão idealizada que a égloga sugere, ora idílica, ora arcádica, ora contemporânea e crua de uma maçã milenar em seu “lento desfiar de fluxos”. Desde o organismo ofídico da eva-maçã primeva, a visão da maçã percorre o tempo e chega, através dos séculos, pela voz do poeta, ao nosso mundo, por mais midiático e acidentado, como “bem-vinda eva doce ou astuta/appassionata sábia fruta”.