Nada faz sentido. A felicidade está na ordem do dia, e o mundo ocidental parece oferecer infinitas possibilidades de desfrutá-la: o consumo é fácil, o sexo é livre e até mesmo a beleza eterna pode ser alcançada com um pote de creme ou um bisturi. Entretanto, vivemos atormentados pela insatisfação e pela ansiedade. São tantas as expectativas que facilmente nos sentimos perdedores - sensação agravada na comparação com os outros, que parecem sempre levar uma vida melhor e mais divertida. Esse paradoxo é o tema de A era da loucura, uma investigação divertida e inteligente de como e por que a vida pode ser frustrante no século XXI. Irônico, instigante e muitas vezes provocador, o livro não oferece receitas prontas nem respostas fáceis - segundo o autor, também elas sintomáticas da loucura da época -, mas busca em variadas fontes - das palavras de Buda às descobertas da neurociência, passando pelos filósofos e pela literatura - ensinamentos que nos ajudem a refletir sobre o ideal de felicidade e o absurdo da cultura contemporânea. Pois o entendimento de um problema é o primeiro passo para solucioná-lo, ou, como diz Michael Foley: "Ter maior consciência dos problemas pode ser uma maneira de gerar indiretamente um subproduto milagroso: a felicidade". Uma leitura loucamente prazerosa e reveladora.