A bioética foi originalmente pensada como uma ética que se relacionava com os fenômenos da vida humana no seu mais amplo sentido, incorporando sobretudo os temas ambientais ligados à sustentabilidade do planeta, sem deixar de incorporar questões biomédicas e sociais. No início dos anos 1990, o caráter universalista de seus princípios passou a ser questionado, sobretudo ante a necessidade de que fossem respeitados os diferentes contextos sociais e culturais existentes em um mundo globalizado. Nesse contexto foi criada a Rede Latino-Americana e do Caribe de Bioética da Unesco, que tratou de iniciar a construção de novos referenciais teóricos para a bioética, mais próximos da realidade em que ela atua. Esta obra trata do esforço de intelectuais da América Latina que trabalham com a bioética e começam a pensar suas questões com seus próprios cérebros.