Reunião de artigos e intervenções em debates produzidos por Jean-Louis Comolli ao longo de quinze anos, este livro mostra como o cinema, maior responsável pelo acesso à esfera do espetáculo, permanece, desde então, o seu principal crítico. Ao convocar o espectador a crer sem deixar de duvidar e a duvidar sem deixar de crer, os filmes (documentários e de ficção) concedem ao ver uma potência capaz de questionar os jogos estéticos e políticos que animam não apenas a sala escura, mas toda uma sociedade na qual as imagens e os sons tornaram-se servos dos poderes do espetáculo e do controle.