Baruch de Espinosa (1632-1677) nos apresenta uma concepção intrinsecamente democrática do poder político, em que a constituição do mais libertário dos regimes ou da mais odiosa das tiranias encontra-se sempre nas mãos da multidão. Neste livro, Ana Luiza Saramago Stern analisa a obediência política, compreendida pelo fifilósofo como causa imanente do poder político e, portanto, de seu caráter democrático ou tirânico. Passando pela distinção entre a obediência livre do cidadão e a obediência servil do escravo, este estudo sobre Espinosa apresenta como a imaginação pode engendrar a obediência como desejo de servir e quais afetos, além do medo, podem acompanhar a servidão política.