Giordano Bruno, filósofo italiano (1548-1600), é considerado um mártir da liberdade de pensamento. Rebelando-se contra o dogma religioso e contra todo tipo de ensino oficial, defendeu suas ideias diante dos sábios e dos poderosos, para, enfim, ser condenado à morte na fogueira, por se negar a retratar suas ideias, consideradas heréticas pelo Tribunal da Inquisição. Hoje, quase quatrocentos anos depois de seu desaparecimento, a disputa em torno de sua figura está longe de ser encerrada. Prova disso é este livro de Frances A. Yates no qual, pela primeira vez, Giordano Bruno é situado no contexto da tradição hermético-cabalista, da qual representa uma variação original e onde surge como um filósofo e um mago, divulgador de uma mensagem religiosa pouco ortodoxa.