Um dos traços alvissareiros da renovação da cultura nacional, que se verifica sobretudo a contar dos anos trinta e se acentua nas décadas seguintes, é a atividade ligada direta ou indiretamente à Universidade. As ciências sociais e a crítica de arte em todos os campos da criação aí é que floresceram, sem falar em setores já de cultivo tradicional. Decerto, o feito antes em ciências sociais e crítica de arte foi muito pouco: naquelas, houve produção assinalável na historiografia, nesta só em literatura. A contar de décadas recentes, as atividades crescem e se desenvolvem, não só no ângulo quantitativo como qualitativo, pois o esforço anterior era em parte anulado pelo amadorismo ou falta de preparo. Uma das áreas mais beneficamente atingidas é a de artes plásticas: existe hoje no país número ponderável de investigadores, professores, críticos de revistas e jornais, autores eruditos de teses e livros que se afirmam pela pesquisa e pelo critério de análise.