Há autores que sabem tratar de momentos específicos da vida com maestria, e os contos que estão neste volume é um desses casos. Gean Paulo Naue nos emociona com narrativas tenras que encantam em seus mínimos detalhes, falando de infância e de juventude. Dominando as técnicas da escrita do conto, flanando entre os narradores em primeira e terceira pessoa, Naue nos presenteia com um mundo real (cheio de cores, sons, sensações várias), flertando com o maravilhoso cotidiano (que é, também, parte do mesmo real). São histórias delicadas, bem-contadas, sussurradas aos nossos ouvidos para nos encantar. Com personagens marcantes, que tentam escapar de doenças incuráveis através de mordidas misteriosas, comer pastel sossegados no clube de campo, relembrar um irmão morto, Gean apresenta histórias que nós, leitores essa espécie emotiva, lembraremos de momentos pessoais, da universalidade da infância e da época escolar, das brigas com os irmãos. Tudo isso sem perder aquilo que realmente (...)