Em janeiro de 1889, Franz Overbech leva seu amigo Nietzsche de volta para Basiléia acometido de crise de loucura. Sua família interna-o em um asilo para loucos onde Nietzsche sente a necessidade de escrever o que viria a ser o seu último livro, um livro revelador do seu relacionamento incestuoso com a sua irmã. Nietzsche já era mundialmente famoso e suas idéias muito discutidas e escritas ao lado das de Darwin, Schopenhauer em assuntos sobre psicanálise, poesia alemã moderna, Primeira Grande Guerra, existencialismo, dentre tantos outros assuntos que preenchiam centenas de volumes. Para aproveitar a sua última oportunidade, restava escrever expressando-se com uma franqueza aberta num livro que esclarecesse definitivamente suas relações com Wagner, sua posição perante o pensamento de Schopenhauer; que se detivesse sobre o problema marxista que prometia mudar o mundo; que, sobretudo, pudesse dizer sobre o papel fundamental que o sexo desempenhou na sua obra e no seu comportamento e como as quatro mulheres de sua vida (sua mãe, sua irmã, Lou Salomé e Cosima Wagner) influenciaram cada um dos seus pensamentos, cada uma de suas frases, suas alegrias e infelicidades.