A publicação anual, que reúne projetos curatoriais e reflexões sobre arte contemporânea, retoma o projeto Deslocamentos, da artista, pesquisadora e escritora brasileira Marie Ange Bordas. Desenvolvido por ela ao longo de dez anos, o trabalho aborda a experiência do trânsito a partir da convivência com pessoas que foram forçadas a se deslocar, sejam acossadas por conflitos ou empurradas pela máquina econômica, no Brasil, Europa e África. A partir de temas como territorialização e cartografias afetivas, a revista propõe diálogos entre obras e reflexões realizadas por Marie Ange em seu trajeto e colaborações de intelectuais e artistas como William Kentridge, Maria Magdalena Campos-Pons, Ana Paula do Val, Rogério Haesbaert e Simon Njami, além do camaronês Achille Mbembe, renovador do pensamento acadêmico pós-colonial e criador do termo 'afropolitanismo' - definido pelo autor como 'uma maneira de estar no mundo, recusando-se, por princípio, qualquer forma de identidade vítima, mas ciente da injustiça e da violência infligida ao continente africano e seu povo'. Ilustram o material imagens de Marie Ange Bordas, Maria Magdalena Campos-Pons e William Kentridge, que contribui ainda com um encarte especial: o flipbook inédito Return, produzido em colaboração com a dançarina Dada Masilo, a partir de imagens da sua videoinstalação The Refusal of Time.A publicação anual, que reúne projetos curatoriais e reflexões sobre arte contemporânea, retoma o projeto Deslocamentos, da artista, pesquisadora e escritora brasileira Marie Ange Bordas. Desenvolvido por ela ao longo de dez anos, o trabalho aborda a experiência do trânsito a partir da convivência com pessoas que foram forçadas a se deslocar, sejam acossadas por conflitos ou empurradas pela máquina econômica, no Brasil,