Um romance de formação sobre identidade. Raul tem dez anos e é um ávido leitor de literatura clássica. Nasceu biologicamente como homem, mas não se identifica desta forma e sabe que é uma mulher no corpo errado. Além disso, como a mitológica Cassandra, princesa de Troia e sacerdotisa de Apolo, Raul é capaz de prever o futuro, mas não encontra no mundo quem lhe ouça. Sabe sobre a sua morte aos dezoito anos na guerra em Angola, ferido pelo ódio, assim como prevê como cada um de seus familiares e companheiros irá morrer. Entre o campo de batalha angolano e a pobre cidade cubana de Cienfuegos, entre as margens da antiga Troia e o mundo do século XX, Me chama de Cassandra narra a busca por uma identidade em um ambiente hostil, as batalhas, o preconceito e o drama de uma família pobre em meio ao colapso dos sonhos utópicos de Cuba.