Quais os limites para a militância religiosa nas eleições e nas instâncias decisórias estatais? É possível traçar uma fronteira entre o constitucional e o inconstitucional na atuação das chamadas bancadas religiosas? Essas são algumas respostas que o livro tenta responder a partir de uma ampla pesquisa teórica em torno do discurso e das razões expostas na arena pública. Partindo de uma análise do regime democrático estabelecido na Constituição de 1988 e sua faceta deliberativa, passando pelas características da laicidade do Estado brasileiro, o trabalho busca expor as formas de atuação dos diferentes grupos de interesses religiosos no Parlamento para, ao final, enfatizar a incompatibilidade do discurso religioso com o processo democrático deliberativo e a impossibilidade da fundamentação de atos estatais com base em razões eminentemente sacrais.