O Centro-Oeste analisado apenas em seus aspectos econômicos e político-administrativos, configura-se como uma macrorregião esgarçada e sem identidade. Porém, quando se acrescentam outros aspectos, pode ser considerada como uma região-síntese do Brasil. Essa marca de síntese está relacionada não só à sua posição de centralidade, mas principalmente ao fato de seu território constituir um ponto de encontro da diversidade brasileira fisiográfica, socioeconômica, cultural e política. Uma parte do território original do Centro-Oeste, hoje composta por Goiás, Distrito Federal e Tocantins, detém uma peculiaridade funciona como articulação entre o sul e o norte do Brasil. Por esse motivo, com freqüência tem sido chamada de corredor de passagem ou área de transição. Essas denominações ocultam o seu real significado de coluna vertebral do Brasil, que transparece tanto na ossatura hidroviária, rodoviária e ferroviária existente e planejada desde a década de 1960, como nas raízes históricas vindas do século XVIII e em sua inserção no celeiro nacional após os anos 1970. De fato, quando se olha para o mapa do Brasil é possível visualizar que essa parte do território é o miolo do país. Pareceu-nos, então, adequado batizá-la de Brasil Central e tratá-la como região. A Região do Brasil Central aglutina traços remanescentes de usos antigos do seu território, como a mineração e a pecuária, que coexistem com usos recentes, como a agroindústria graneleira, o centro político-administrativo de poder decisório do país e o turismo. Assim, reúne o antigo e o recente. Inserida no Ecossistema do Cerrado, guarda especificidades ambientais e culturais que a configuram, em termos turísticos, como uma região comandada por Brasília e secundada por Goiânia. Comando atestado pela atração que a capital exerce como cidade patrimônio, mística, de negócios e eventos, mas também por sua população, juntamente com a de Goiânia, constituir o público que mais pratica o turismo no Brasil Central