Em A lâmina que fere Chronos, diversas temporalidades se emaranham e se sobrepõem - tempo mítico, reinterpretações da História, especulações futurísticas, ecos da memória, vibrações musicais, deslocamentos em sonhos. Nos contos escritos por Ivan Hegen, a referida lâmina nada mais é do que a arte da escrita, em seu ataque à domesticação de nossas horas. E se momentos autobiográficos e percepções do autor sobre a realidade sofrem os cortes transversais da ficção, é porque o fino aço, mais do que espelhar a realidade, torna-se impregnado de matéria viva. Amores correspondidos, sucessos conquistados permeiam as histórias cheias de sarcasmo, contadas com desenvoltura por Hegen, que não perde a chance de cortar a hipócrita sociedade contemporânea,na qual somos todos protagonistas.Em A lâmina que fere Chronos, diversas temporalidades se emaranham e se sobrepõem – tempo mítico, reinterpretações da História, especulações futurísticas, ecos da memória, vibrações musicais, deslocamentos em sonhos. O presente pulsa, sem margem para a fuga, enquanto futuro e passado infinitizam o instante. A referida lâmina nada mais é do que a arte, em seu ataque à domesticação de nossas horas. E se momentos autobiográficos e percepções do autor sobre o mundo sofrem os cortes transversais da ficção é porque o fino aço, mais do que espelhar a realidade, torna-se impregnado de matéria viva.