Este livro não discute o aspecto conservador que grande parte da ficção Amazonense possa ter - ao menos não como se isso fosse um fenômeno pré-discursivo e sem lastro histórico. A tese que nos guiará ao longo de seus capítulos é a de que o processo que levou a literatura amazonense, recortada aqui na ficção, a se estabelecer a partir de uma tradição de representação da natureza foi de tal forma complexo que não se pode compreendê-la simplesmente sob o signo do fechamento, do bairrismo ou do conservadorismo monolítico, isolado das demais literaturas, inclusive daquelas que porventura tenham se oposto à tradição de representação da natureza.