Podemos mesmo dizer que, antes de tudo, estes textos são frutos de pura necessidade. Seus autores precisaram escrever. Os vários artigos buscam comunicar que o tema do desamparo que ronda incessantemente a clínica psicanalítica com crianças e adolescentes separados de suas famílias de origem exige laboriosos processamentos, e uma das formas que a psicanálise nos ensina a lidar com o que transborda, silencia, emudece, transtorna, é escrevendo. Escrever para inscrever o que teima em se apresentar sem um texto não codificável e apaziguador.