Em novembro de 1977, do observatório Hale, na Califórnia, Charles Kowal avistou um corpo celeste, afetado por perturbações dos planetas vizinhos, Saturno e Urano. Quíron, que recebeu tal nome em homenagem ao Centauro da mitologia grega, é, para os astrônomos, apenas um “planetóide” que pode vir a ser ejetado do nosso sistema solar. Mas, para os astrólogos, a descoberta causou uma reação sem precedentes. A onda de interesse, provocada pelo acontecimento e pelos significados ocultos do planeta, fez com que cada vez mais astrólogos incluíssem Quíron em seus trabalhos. Metade homem e metade cavalo, na mitologia grega Quíron é o Centauro, fruto da união do deus Crono com a ninfa Filira. Abandonado por ambos, Quíron é adotado por Apolo e passa a representar a união das forças primitivas com a razão apolínea. Segundo Melanie Reinhart, precisamos regressar aos primórdios da consciência humana e, para tal, é indispensável o estudo da imagem mítica de Quíron. A partir da análise de várias fontes mitológicas e arquetípicas, a autora oferece muitas informações, por meio das quais os diversos significados atribuídos a Quíron adquirem coerência.