"Não foi por gosto pela provocação que reunimos, num mesmo livro, Sade, Fourier e Inácio de Loyola, o escritor maldito, o filósofo utopista e o santo jesuíta. É porque os três foram classificadores, fundadores de línguas: a língua do prazer erótico, a língua da felicidade social, a língua da interpelação divina. Cada um deles pôs, na construção dessa segunda língua, toda a energia de uma paixão. O objetivo deste livro não é voltar às propostas de conteúdo com que são habitualmente creditados os três autores, isto é, uma filosofia do Mal, um Socialismo utópico, uma mística da obediência, mas considerar Sade, Fourier e Loyola como formuladores, inventores de escritura, operadores de texto." - Roland Barthes