A confecção deste livro é uma forma de continuar a discutir a relevância da obra de Freire, a importância da sua práxis e das suas conexões, a partir da própria recusa em idealizá-lo como guru/santo/totem, pelo contrário, admitindo-o com um dos principais cientistas da educação contemporânea. E que, por isso mesmo, um autor incompleto, com lacunas e equívocos, heterogêneo e plural, com fases e etapas diversificadas na construção da sua obra, enfim, como todos os principais pensadores da educação contemporânea. Diferente, porém, da maioria que não admite seus equívocos, incoerências, paradigmas superados e escritos anacrônicos a necessitar de reconstrução, Freire mostra-se como um cientista, sabedor da necessidade de superação e da incompletude da sua obra.