Sul do Brasil, 1848. As lágrimas nos olhos claros da pequena menina, sozinha naquela fria manhã, perdida e com medo, fizeram com que o coração de uma senhora experimentasse a sensação mais pura e profunda que jamais sentira. Observando mais a criança, pôde perceber a tristeza e a agonia em seu olhar aflito, mas resignado. Isso porque as intenções perturbadas de um tio, que deveria ser o protetor da pequena Sophia, transformaram-no em seu maior algoz, expondo-a a todo tipo de dor e humilhação que alguém seria capaz de suportar. Foi naquela sociedade machista e opressora do século XIX que Melca aprendeu, com a jovem Sophia, a lutar para sobreviver, mantendo a dignidade e aquecendo o coração das pessoas que as cercavam, oferecendo, até mesmo aos seus agressores, compreensão, auxílio e amor. Lições de vida através do olhar singelo, suave e iluminado daquele anjo... Um anjo... Somente um anjo...SOMENTE UM ANJO...SOMENTE UM ANJO...