A força de não ter força oferece uma ampla e inédita expressão do sentimento. É capaz de mostrar a vida diferenciada de qualquer pessoa. Difícil não se identificar com achados como "o primeiro amor não é a primeira vez." A autora pouco teme a insensatez e a ousadia de ir contra as regras feitas. Procura encontrar virtudes na espontaneidade: viver com intensidade, sem se preocupar com os efeitos e o desempenho. Ao mesmo tempo, tem uma serenidade camoniana, um apuro raro da voz, sem nunca ceder terreno ao confessionalismo. "Que eu não seja o que eu vivi, mas o que amei", diz um dos versos.