O livro de Hugo Paz, Máquina de pensamentos, reúne poemas que, de certa forma, equiparam também o cérebro ao coração. Nele, uma linha de pensamentos difusos - ora explicativos, ora intimistas, ora perdidos, com pressa, com raiva, ora com solidão. O poeta sabe que está em guerra e, justamente por isso, seu coração precisa ser guerreiro. Daí que, nesse sentido, a máquina de pensamentos é, na verdade, uma reunião de armas: feitas com palavras, elas disparam vida, cortam a multidão, trazem para mais perto a justiça e prolongam nossa vontade de viver. (Dinha)