Para enfrentar o Exército Brasileiro, em abril de 1914 milhares de famílias do centro-oeste catarinense criaram o "Exército Encantado de São Sebastião", sob o comando do major Elias de Morais, da Guarda Nacional, e a liderança espiritual da menina Maria Rosa, escolhida como vidente para receber as ordens sobrenaturais do monge José Maria, morto em 1912. A religiosidade popular dos caboclos, inspiradora do misticismo e messianismo na Região do Contestado, não havia surgido por acaso ou repentinamente, mas sim estava impregnada na mentalidade coletiva há muitos anos.