É impossível ler bell hooks e não sair da zona de conforto. O estudo de sua obra pode acender em cada pessoa uma chama, uma disposição a correr o risco de imaginar possibilidades subjetivas e comunitárias para além do patriarcado capitalista supremacista branco, possibilidades de contato genuíno com a alteridade. Se esses sistemas interligados de opressão normatizam modos de vida automáticos e apáticos, reproduzindo lugares sociais já sedimentados, as provocações de hooks nos estimulam a assumir uma presença viva, criativa e apaixonada, almejando construir novos modelos de existência — e uma cultura fora da lei. — Terra Johari, no Prefácio à edição brasileira *** Todos os ensaios e diálogos em Cultura fora da lei: representações de resistência vêm de um engajamento empírico com práticas e ícones culturais tidos como à margem, que forçam os limites, perturbam políticas convencionais e aceitáveis de representação.