Durante as administrações dos generais Costa e Silva e Médici, o Brasil experimentou o violento recrudescimento do regime militar deflagrado em 1964. Em meio à violência e à repressão institucionalizadas, a seleção canarinho sagrou-se tricampeã mundial de futebol no célebre Estádio Azteca, no México. Um feito memorável, tanto pelo jogo apresentado nos gramados quanto pelas conjecturas a respeito de sua instrumentalização pela ditadura fora deles. Esta obra se propõe a investigar os emaranhados das relações tecidas entre futebol, história e política no período. Para isso, elege como interlocutores alguns veículos de comunicação impressa, testemunhas oculares do período, mas também importantes narradores e mediadores dos eventos políticos e esportivos com a esfera pública. É a partir dos seus filtros múltiplos e contraditórios apaixonados, críticos, engajados ou complacentes que este livro revela as tensões que permeavam o encontro entre os espaços político, [...]