O livro traz um novo olhar para o processo de adoção, a partir dos relatos de pessoas que vivenciaram a angústia, o medo e o ódio de uma forma intensa. O livro gira em torno de várias temáticas, que deverão levar aos leitores uma proposta de ter um olhar mais sensível para com aqueles que são adotados e para aqueles que vão adotar. Enquanto pesquisadora, mostrar em meus resultados que a adoção pode ser uma das maneiras de identificação em um grupo familiar, mas não uma identificação enquanto pessoa, pois poderemos levantar várias questões como: qual a minha origem biológica? A que grupo sanguíneo faço-me pertencer? A minha árvore genealógica figura sem as minhas raízes, e o que devo fazer? Então a ideia do livro é exatamente chamar a atenção sobre como se dá o ingresso de alguns indivíduos para o seu grupo familiar, como foi o seu percurso e adaptação nessa nova configuração parental, qual a natureza dos vínculos familiares ocorreu nesse processo de adoção e se esses vínculos foram suficientes para sua construção identitária, visto que sabemos que a família é considerada uma unidade funcional, pois ela é uma ferramenta para auxiliar e oferece aos seus membros conforto, segurança, identidade. Neste livro fica evidenciado que muitos indivíduos ainda se sentem abandonados e sem identificação, pois existe em suas vidas uma lacuna que ainda não foi preenchida, levando-os a processar essa busca de uma forma subjetiva.