"Na obra Existência e Finitude no Eclesiastes: perspectivas teológico-literárias, a relevância do texto está posta tanto naquilo que desvela como naquilo que agrega. Primeiro porque é capaz de desnudar a expressividade do livro de Coélet, soerguida em latente consórcio com a poeticidade do discurso literário, seus códigos específicos, seus meandros e suas técnicas. Tal revelação chegará ao leitor à medida que as influências e as hibridações entre o que é considerado sagrado e o que é rotulado como secular sejam dilapidadas pelo acuro e pelo esforço analítico empreendidos pelo autor deste livro. Dito de outro modo, a tessitura reflexiva aqui engendrada demonstra a retomada de um percurso que, desta feita, põe a arte literária, o verbo, novamente como o princípio de expressão apto a alavancar a sabedoria cosmogônica judaica do Tanakh. [...]