Brasil, século XVIII. Os primeiros centros urbanos brasileiros crescem de forma rápida e intensa, com a economia apoiada no alicerce da escravidão. As minas são descobertas e o ouro é farto, cobrindo as cidades de arte barroca. É nesse contexto que são produzidas as joias de crioula, feitas e usadas pela população negra, de forros ou escravos, como símbolo de poder, sedução e magia. Thomas Milz e Laura Cunha percorreram o país em busca de coleções que guardam essas joias, testemunhas de um período ao mesmo tempo de sofrimento e riqueza. Em museus e coleções particulares, buscaram as peças mais significativas, pelo uso e pela arte, e apresentam neste livro um belíssimo apanhado dessa ourivesaria, que aqui vem acompanhado de gravuras históricas, quadros e fotografias que atestam o uso dos delicados objetos. Laura Cunha, desde a década de 1990, pesquisa a produção, o uso e os significados de joias e adereços no Brasil colônia. Formada em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, completou sua formação profissional com estudos de ourivesaria na Alemanha entre 2001 e 2004. Atualmente, é designer de joias e professora de ourivesaria. Fotógrafo e jornalista alemão, Thomas Milz é formado em Ciências Políticas e História Latino-americana pela Universidade de Colônia, Alemanha. Desde 2002 faz cobertura sobre o Brasil a partir de São Paulo para diversas mídias alemãs. É co-organizador do livro O Brasil dos correspondentes.