Depois de assistir algumas vezes 'Deus e o Diabo na Terra do Sol', de Glauber Rocha, Fernando Braune resolveu fotografar as imagens do filme. Mais do que ratificar o gesto do cineasta, ele o desdobrava, propondo uma releitura de sua narrativa. O ato de recortar elementos do filme em forma de imagens fixas já implicava, não apenas na alteração no 'objeto fílmico', mas em uma insubordinação à característica fundamental do cinema, que é o movimento. Assim nasceu este ensaio, em meio a indagações e elucubrações que levaram o autor a constatações de imbricação entre a linguagem fotográfica e cinematográfica.