(...) Mas –imagino que alguém pergunte – e as raparigas da Rua de Baixo? Ficam no título, prolongamento apenas sugerido das memórias de infância? Nada disso. Elas comparecem também aqui, só de modo mais discreto. É este, sim, como o anterior, um livro com sabor de vida , e elas são parte do tempero. Mas não quis Reynaldo sobrecarregar suas confi ssões de excessivo condimento; não se pretende, o seu, um depoimento de sabor picante, ao gosto boêmio, mesmo porque sua vida se pautou, e se pauta, antes pela tônica das coisas do espírito. Diria, até, que estas são, de certo modo, memórias culturais, se tal não parecesse excluir outros de seus aspectos, talvez menos visíveis, mas não menos importantes.