Este encontro entre um monge beneditino e uma psicanalista agnóstica transforma-se, inevitavelmente, em uma reflexão sobre os temas essenciais ligados à vida e à morte, ao conceito de cura e de salvação, tanto através da linguagem da psicanálise, quanto da religião. Fala tensa, confrontação perfeita, a respeito da Igreja e de um Deus que pede sacrifícios e que a psicanálise compara a um ogro devorador de almas. Fala perigosa, que conduz o leitor a um encontro com Abraão, o Salmista e Jesus, mas também com Mozart, Rimbaud moribundo ao lado de sua irmã, ou Montaigne na cabeceira de La Boétie. Com esta narrativa atípica e apaixonante, Marie Balmary nos introduz em um mundo de relações libertadoras, um outro nome do 'céu'.