Magnólia é uma dona-de-casa, de classe média-alta, que ocupa seu tempo com um inofensivo hooby - fazer bonecas de pano. É casada com Fernando, advogado ocupado; mãe de Jeremias, um menino inteligente e sensível; irmã de Glória, uma médium atormentada pelos fantasmas dos dois filhos mortos. A pacata vida de Magnólia é, subitamente, transformada, quando João, um pai atormentado pela morte da filha, começa a persegui-la. João tem certeza de que Magnólia é uma assassina em série que vem matando meninas e deixando junto a seus corpos, como uma assinatura macabra, uma delicada boneca de pano. Decidido a fazer justiça com as próprias mãos, João busca a verdade sem a intenção de mudar os seus planos, enquanto Magnólia tenta convencê-lo de que é inocente. Nesse embate, maior que a luta pela sobrevivência é a busca pelo sentido da vida. Preencher as lacunas dessa história pode não ser uma tarefa fácil. Aceitar essa tarefa pode levar o leitor a mergulhar em um mundo de sombras, em que as certezas inexistem, e envolvê-lo na angústia, na depressão, na frustração e na inquietante insatisfação, enfim, na busca incessante de um sentido.