Reflexão sobre as relações estruturais entre texto e imagem, tema que remonta à Antigüidade, com base no clássico Laokoon, Ou sobre os Limites da Pintura e da Poesia (1766), do teórico alemão Lessing, e nas releituras dessa obra realizadas por Irving Babbit ou Joseph Frank, além de autores como Winckelmann, Ruskin, Pater ou mesmo Marcel Proust. Na segunda parte do livro, concentrando-se na análise de pintores e poetas contemporâneos, o autor faz um estudo comparado das obras de Miró e João Cabral, Magritte e Manuel Bandeira, e Mondrian e Oswald de Andrade. João Alexandre Barbosa observa que às voltas com um assunto tão vasto, Aguinaldo Gonçalves soube encontrar caminhos pelos quais não perde o domínio da reflexão, fazendo da digressão uma estratégia de enriquecimento e não um descaminho teórico.