Se eu me pergunto o que meus pacientes querem de mim, eu teria de responder que eles querem que eu os ajude a viver. Eles querem tirar mais proveito de suas vidas ao manifestar seu potencial, de tal forma que eles mesmos e outros possam ser testemunhas de sua existência única e inigualável. Essa é uma outra forma de dizer que eles querem que eu os ajude a resolver seus conflitos neuróticos e, às vezes, psicóticos, conflitos que impedem a expressão. E além disso, além da análise cuidadosa das defesas, eles querem que eu reconheça seu ser único. Muito freqüentemente, nós psicanalistas somos as primeiras pessoas capazes de fazer isso. A paz interior que eles buscam será um subproduto do sentimento de que eles não estão vivendo vidas falsas, não estão vivendo somente no sentido fisiológico. Esse é o caminho que leva a Winnicott, como aconteceu com Freud. E sem dúvida todos os outros colaboradores carismáticos diriam o mesmo de si próprios. (Robert Rodman, p. 73)