A entrada do Brasil no século XX - preparada desde o fim do Oitocentos pela abolição da escravidão, o advento da República, pelo início da atividade industrial, da imigração estrangeira e das grandes obras públicas - iria provocar como reflexo mais evidente, na área cultural, a descentralização da vida literária. A projeção dessas mudanças sobre o romance, em particular, foi o aparecimento, ao lado do Rio de Janeiro, de centros de produção local em várias capitais - como Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e Recife - com aproveitamento de temas que vinham ampliar o campo de ação dos enredos, fazendo surgir os romances de escândalo ou de crônica, da vida de pequenas cidades, ou específicos da vida proletária, pequeno-burguesa ou vagamente 'populares'. Aumentam também as referências à música popular, agora mostrada em seu papel de produto cultural ligado a interesses de fabricantes de novidades destinadas ao lazer de minorias. Este segundo volume inicia-se com Lima Barreto, e seu Triste fim de Policarpo Quaresma (1915), e vai até O Último dos Morungabas de Galeão Coutinho (1944).