Em Os Limites da Representação, Cesar Kiraly faz um profundo exercício de teoria política. Ele monta um edifício de ideias acerca do conhecimento, da moralidade e da estética se valendo da tradição intelectual do ceticismo filosófico, principalmente da figura de David Hume. Mas não é um livro de história da filosofia, mas um livro com a história da filosofia. Kiraly nos conduz a perceber a relevância de uma filosofia do hábito para a elaboração da ideia de vida política, mas torna explícita a fragilidade da experiência humana social. Trata-se do esforço cético de colocar as ideias e as concepções em movimento.