A partir dos discursos, dos gestos populares, da constante repetição de certas idéias e de todo o aparato simbólico que surgiu com a Revolução Francesa, este estudo aborda a vivência revolucionária sob o prisma da política e nos mostra como ela influEm 1984, quando Lynn Hunt publicou este estudo, a discussão acerca da Revolução Francesa girava ao redor de três eixos - o marxista, o revisionista e o tocquevilleano. O problema, segundo a autora, é que as três visões são calcadas na idéia de que a Revolução deve ser vista somente a partir de suas origens e consequências. O que fica de fora, portanto, é a vivência do período revolucionário e, mais especificamente, a vivência da política durante o processo da revolução. Ao analisar o impacto desse novo repertório no bojo da revolução, e não apenas seus desdobramentos modernos, ela lança nova luz sobre o período revolucionário, trazendo a política para a esfera da cultura e revelando a cultura como parte intrínseca da vida política e mediadora das relações sociais.