São poesias da experiência humana com os movimentos de seu próprio princípio e com os gestos de suas transformações. O poeta sempre se espanta com todo o mistério da existência humana. Ler poesia significa recolher-se à escuta da encarnação da vida na linguagem das situações. Uma obra é de arte quando tem a vida própria da arte: a vida da vida, quando alcançou suficiente autonomia, a ponto de desligar-se da biografia de um indivíduo, quando transcende para a universalidade da vida de todos os homens. É esta universalidade concreta, é esta autonomia transitiva que nos mostram os sonetos e as elegias.