Quando Bill Clinton concorreu à presidência em 1992, a principal crítica às suas qualificações para o posto foi a falta de experiência em política externa, algo em que seria testado imediatamente após tomar posse. Quase uma década depois da sua presidência, o registro de Clinton como líder militar continua a ser foco de debate. Agora o veterano jornalista Richard Sale oferece o primeiro livro devotado ao quadragésimo segundo presidente dos EUA como comandante-em-chefe. Nos oito anos finais do século XX, os Estados Unidos e os demais países testemunharam eventos fundamentais para a definição do mundo. A situação nos balcãs, vítima dos horrores da limpeza étnica, e no Oriente Médio, onde a ameaça do ditador iraquiano Saddan Hussein, se agigantava e a Al Qaeda desenvolvia seus planos sinistros, construíram-se desafios desanimadores para o novo presidente. Embora na avaliação popular, a administração Clinton apareça como ineficiente na esfera da política externa, Sale revela uma história muito mais interessante e complexa: a de um presidente jovem que aprendeu com seus passos em falso iniciais e veio a ser um líder rijo como o aço. O autor desvenda o que está por trás da retórica partidária e mostra como Clinton, levado simplesmente pelo ódio a líderes traiçoeiros e seus regimes brutais, empreendeu ações clandestinas (sobre as quais nada transpirou na mídia dominante) que extraditaram criminosos de guerra, derrubaram Slobodan Milosevic e chegaram muito perto de apanhar Osama bin Laden. Com base em mais de 300 horas de entrevistas na CIA, no Estado Maior, nas forças especiais, e na ASN, e com pessoas de dentro da administração, Sale nos força a reavaliar a política externa de Clinton. "As Guerras Secretas de Clinton" proporciona também um olhar inestimável e sem precedentes sobre um presidente americano - não no palco muitas vezes fútil do cenário político, mas na arena mundial.