Os primeiros monges cristãos, a que chamamos de Padres do Deserto, são homens a redescobrir e mesmo, para muita gente, a descobrir, como se fossem um tesouro escondido no campo da Igreja e da sua espiritualidade. Esses homens e essas mulheres - porque também havia as Madres do Deserto - deixaram nos seus escritos, verdadeiros espelhos do que foram as suas vidas, tesouros de humanidade e de fina psicologia. Sobretudo, dão-nos um exemplo fantástico de uma busca incessante de Deus e de vida evangélica. Esta procura pode estimular-nos hoje, quinze séculos depois, no nosso próprio caminho em direcção à perfeição cristã. Foi esta mensagem que Marcel Driot, monge e eremita do mosteiro de La Pierre-que-Vire, nos quis deixar, apresentando a sua vida e a sua espiritualidade num livro que não é de todo reservado a um público especializado, mas sim destinado a todos. O Evangelho é intemporal, e os anciãos continuam a ser os nossos mestres.