A regulação independente enseja inúmeras e relevantes questões nos campos do direito e da política, como a revisão dos fundamentos legitimadores do poder, a redefinição do esquema clássico de articulação entre os poderes do Estado, o avanço da tecnocracia sobre a dialética política e a progressiva submissão do direito às exigências da economia. Mais do que uma análise em termos descritivos e binários (constitucional ou inconstitucional; lícito ou ilícito), tão cara aos juristas pátrios, os ensaios que compõem esta coletânea propõem uma análise especulativa e transdisciplinar do fenômeno das administrações independentes no Brasil.