Distanciando-se de interpretações celebratórias, mas, igualmente, diferenciando-se da crítica politicamente interessada em desconstruir o varguismo, este livro propõe uma interpretação de conjunto para a origem e a trajetória histórica de um regime que atravessou momentos muito diferentes. Trata-se de uma tarefa de enorme complexidade. O autor alcançou uma interpretação sintética da relação entre as classes subalternas, os sindicatos e o aparelho de Estado cujos fundamentos teóricos não poderiam deixar de repousar na análise de Marx sobre a curta existência da Segunda República Francesa. Por meio da atualização do conceito de bonapartismo, o autor foi capaz de apreender as complexas relações entre as diferentes forças sociais em presença, em um país em ritmo alucinante de transformação. (Trecho da quarta capa assinada pelo professor Ruy Braga, do Departamento de Sociologia da USP).