A autora, ao apresentar vinhetas de supervisão de orientação lacaniana para trabalhadores da saúde mental e da assistência social, destaca a supervisão como objeto a ser analisado. Transmite, desse modo, as contribuições da Psicanálise de orientação lacaniana no campo da saúde mental, colocando em primeiro plano as demandas e impasses trazidos à supervisão pelo supervisionando, os quais serão objeto das intervenções feitas pela supervisora/autora. A estratégia usada nas supervisões foi a da construção do caso clínico, que pressupõe incluir a ideia de processo, configurando assim uma lógica temporal de continuidade e de construção, em oposição à ideia da eficácia e das respostas mágicas e prontas. Há um conjunto e intercâmbio de discursos no campo dessas supervisões. É preciso prescindir da existência de uma única verdade, resistir contra formas de saber-poder, possibilitando, nesse encontro de discursos, a invenção de um saber-fazer. A Psicanálise e seu discurso (...)