Que bom seria se o mundo não possuísse tristeza. Não conheceríamos a dor da saudade, da solidão, do medo, do futuro, de tudo aquilo que nos faz chorar. O educador Rubem Alves apresenta, em O Decreto da Alegria, uma visão positiva sobre a tristeza, contando-nos a história de um rei de bom coração e cabeça tola que decreta não haver mais tristeza e infelicidade em seu reino, exigindo que todos vivessem alegres e felizes, sob pena de punições de cócegas e piadas. Mas o rei se engana em achar que a tristeza não é bela, que não nos traz felicidade, beleza, ternura, sensibilidade. Como pensou uma menina do Reino da Alegria, "as tardes deveriam estar tristes no reino, porque o pôr do sol foi proibido. Sem a tranquilidade do poente, as pessoas não se curam da agitação do dia. A beleza não convive bem com a confusão, falatório e barulho das festas.