A informática já é capaz de imitar todo o processo de raciocínio a partir de parâmetros preestabelecidos, desenvolvendo a Inteligência Artificial. Entretanto o que a neurotecnologia ainda não consegue é estabelecer processos autônomos de raciocínio, exatamente aquilo que forma a consciência. A problemática encontrada, a partir das análises dos textos explorados, reside em conjugar máquina e corpo em uma combinação perfeita, sem alterar a autonomia humana a grande preocupação trazida por esta época da pós-organicidade. O agir por impulsos elétricos preestabelecidos, aliado a uma capacidade de raciocínio e armazenamento de dados com inúmeros gigabits, talvez não colocasse a espécie humana em risco, pelo contrário, a preservaria, mas em um pensar mais apurado, o mundo científico começa a se voltar para questões de ordem ética e moral social. A preocupação é pertinente, uma vez que se começa a pensar não apenas no potencial da neurotecnologia, mas na natureza e condição humana.