William Shakespeare deu vida a algumas das personagens femininas mais marcantes da dramaturgia ocidental. Uma delas é Helena, protagonista de Bem está o que bem acaba. Apesar de ser considerada uma comédia sombria pela crítica, esta peça é envolvente e nos mostra a trajetória de uma plebeia em busca de seu destino. O rei da França está doente, uma doença incurável, mas Helena, órfã de um famoso farmacêutico, tem certeza de que pode curar o soberano e lhe propõe um pacto: caso não consiga curá-lo, ele poderá matá-la, mas se for capaz de trazer a cura ao rei, este permitirá que ela escolha seu marido e se case prontamente. Durante a leitura, percebemos a obstinação de Helena e como ela é agente direta de seu próprio destino. Além de curar o rei e escolher seu marido entre os nobres cortesãos, Helena também cria dois estratagemas para conseguir alcançar seu objetivo final.