Carlos Fuentes nasceu no Panamá, mas naturalizou-se mexicano e dedica-se, em vários de seus livros, a contar e discutir a história daquele país, pelo qual é apaixonado. Tornou-se mundialmente conhecido com “A morte de Artêmio Cruz”, publicado no início dos anos setenta no Brasil, e relançado pela Editora Rocco. Autor de uma vasta obra, que inclui ficção ensaios e crônicas, sua narrativa distancia-se do realismo linear, documental, intercalando monólogos interiores e pensamentos, sem solução de continuidade, o que confere aos seus personagens dinamismo e interesse. Artemio Cruz, o protagonista em questão, participou das campanhas da Revolução Mexicana. Depois, traiu seus ideais, acumulou riquezas e poder, e hoje confinado a uma cama de hospital, recorda os episódios essenciais de sua vida. Passado, presente e futuro, como num espelho, se atravessam e dialogam entre si. O livro é considerado um dos clássicos da literatura latino-americana.