O Autômato, protagonista da primeira história, desperta contra o que o oprime e contra o que o impossibilita de encontrar motivação para buscar a sua liberdade interior e, assim, encontrar a plenitude de sua humanidade. Depois da árdua batalha consigo mesmo e com as verdades internas que vislumbra e teme, com as limitações de seu corpo, e com o seu grande "criador", liberta a si próprio e ao seu opressor da condição autômata em que viviam, e se descobrem um ao outro como simples seres humanos. Em Consciência de viver, o jovem Ele trava rico duelo com lembranças, sonhos, medos e monstros que o aprisionam na solidão que lhe tira a consciência da própria vida. Vencedor desse duelo, passa a ouvir os sons e a ver as cores da vida real, o que o leva a romper com o passado e optar por uma nova vida... uma vida consciente, na qual suas lembranças, sonhos, medos e monstros passam a ter a justa dimensão que têm, sem ocupar espaços que não lhe pertencem. Na última estória, a adolescente Lune foge de ser dona de suas próprias sensações e sentimentos, escondendo a Sensibilidade de viver atrás de condutas racionais que a levam a necessitar de conceitos lógico-filosóficos para encontrar sentido nas coisas mais cotidianas. Ao apaixonar-se por Takeo, sua vida é invadida por uma dicotomia tal que passa a rever sua postura diante da vida, até concluir pela importância de os verdadeiros sentimentos serem cultivados, mesmo que em detrimento da razão.